sexta-feira, 17 de junho de 2011

Top 10 - Coisas de pobre no bar

[Escrito pelo senhor Pedro Heberle]

Nossa reportagem trabalhou com afinco nessa lista. O lugar pesquisado é o bar; o tema: COISAS DE POBRE.


Lembrando: Este post não tem a intenção de ofender ou sequer desmerecer as classes trabalhadoras menos abastadas que carregam este país nas costas. Nós do Teses de Boteco, Inc. (all rights reserved) temos plena consciência de que honestidade e educação são bens inalienáveis que independem de renda, fazendo-se necessário frisar que o conteúdo desse post configura tão-somente uma brincadeira. Se alguém ficar brabo, entretanto, que vá pra puta que o pariu.

Outra ressalva: COISAS DE POBRE são aqui referidas não no sentido de renda, mas de chinelagem, mesmo. Daquela pobreza inata; seja como filosofia, ou como aquilo que você tenta disfarçar e não consegue.

Mas vamos lá. As 10 COISAS DE POBRE mais recorrentes em um boteco:

1 – Vale-refeição. Chega o cidadão cheio da pompa, com a namorada, balançando a chave do carro – porque ostentação é o primeiro sintoma da pobreza. Mas nem tudo é pose. Antes de se sentar, no cantinho, ele chama o garçom e pergunta susurrando se o estabelecimento aceita ticket.

2 – Ir embora do estabelecimento que não aceita ticket.

3 – Usar condimentos na pizza. É coisa de pobre, sim! E eu SEI que você faz! A cena: Não satisfeito em pedir aquela pizza metade Strogonoff (prato preferido de seis em cada dez pobres; o do resto é A La Minuta), metade frango com catupiry, o camarada já se avança naqueles três tubos, o branco (da maionese), o amarelo (da mostarda) e o vermelho (do ketchup), que são o cúmulo da pobreza por si só – embora constituam parte importante da identidade de qualquer boteco. Se o cara chega a fazer no prato uma pasta misturando os três, aí assinou o atestado de farofeiro.

4 – Chupar os dentes depois dos petiscos, fazendo aquele barulho horroroso, pra economizar palito.

5 – Usar palito.

Foto tirada hoje no estacionamento do Petisco's

6 – Chegar no bar de havaianas e calça. Nos últimos tempos isso virou bonito. Pior, alternativo. Se for jeans, então, é pobre por convicção.

7 – Aproveitar o restinho. Que coisa mais triste. Depois de tomar uma caipirinha, pedir uma coca, mas segurar o braço do garçom quando ele estiver tirando o copo usado, que é pra “aproveitar o limãozinho”.

8 – Gritar pra amigo do outro lado da rua. Tá o pessoal de uma mesa conversando descontraidamente, quando de repente um deles (o de jeans e havaianas) enxerga um conhecido na calçada do outro lado da rua e começa: “Ô, sem vergonha! hahahah… Fingiu que não me viu, né, safado?!!”. Pra quê?

9 – Gritar “Ô, comandante!” pra chamar o garçom. Ou “Chega aí, meu diretor!”.

10 – Gritar. Ou falar gritando. Porra, boteco já é aquele berreiro dos inferno. Não precisa.

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11 – Dançar. Tudo bem, há lugares pra isso. Mas eu juro que da próxima vez que um filho da puta começar a dançar do lado da minha mesa eu dou nele. Porque geralmente o débil mental não percebe que NÃO TEM ESPAÇO. A cena é tristemente cotidiana: começa a tocar Seu Jorge, o cara levanta e puxa a nega véia pra fazer coreografias no meio das mesas. E vá bolsa voando na cara dos outros.

12 – Cantar a moça do caixa e pedir desconto. Qualquer uma já seria vexatória, mas sempre tem um infeliz que consegue fazer as duas. Por exemplo: a conta fechou em R$ 31,15. O cara apóia os cotovelos no balcão, dá aquela piscadinha marota pra pobrezinha que tá ali só trabalhando e diz “Faz por trinta aí pra nós”.

13 – Passar a mão naquele porta-copos da Heineken quando o garçom não estiver vendo. “Ah, é lembrança!”. Não. É furto mesmo, seu filho da puta. Devolve!

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